Após fazerem sucesso em todo o estado, os shortinhos do Darwin rumavam à fama nacional, através de comunidades e fóruns de discussão. Prova do sucesso estadual é que, na verdade, "shortinho do Darwin" não é uma expressão restrita a esta escola, mas estende-se a diversas (embora muitos especialistas afirmem que o do Darwin tem um diferencial), visto que boa parte dos colégios já adotou há um bom tempo o mesmo estilo em seus uniformes femininos, salvo raras exceções (como o Leonardo, que é cheio de frescuras). Tanto sucesso não é à toa: o modelito é fashion em qualquer ano, e em qualquer estação, mesmo nas mais frias (aparentemente, as alunas não sentem muito frio nas pernas).
Fato é, meus caros, que a tendência 2008 é abolir os shortinhos. Isso mesmo! Não, não é criar uma alternativa para as mais "comportadas", é abolir, mesmo, proibir. Tal decisão é, certamente, fruto da forte influência de mulheres na coordenação das escolas. Acontece que as tias não calcularam bem os impactos desastrosos que esta mudança virá a acarretar na sociedade.
Em primeiro lugar: por que abolir o shortinho? Porque é frio? Não, certamente não. A teoria Darwiniana (o Charles, não a escola) explica que, após algumas gerações, só as meninas de pernas mais resistentes à temperatura conseguiram sobreviver ao Ensino Médio, e essa seleção natural as poupa de problemas com o ar condicionado (pelo menos da cintura pra baixo). Só nos resta, portanto, uma justificativa moralista. Os shortinhos são muito "inhos", e isso é ruim, pois... bom, sabe-se lá qual o problema que elas viram nisso. Elas devem achar uma afronta à nossa moral, uma falta de pudor, as meninas com aqueles shorts (será que as tias já foram à praia?), e o dogmatismo eclesiástico, com sua ideologia anti-sexista, dá respaldo a essa postura.
A fim de averiguar qual seria a justificativa, eu mesmo, no papel de repórter-cerebração-investigativo, liguei para o colégio me fazendo passar por pai de aluna para falar com a própria coordenadora, cujo nome prefiro manter em sigilo (vamos tratá-la como "B."). Pois bem, B. me explicou que é quase certa a abolição dos shortinhos no próximo ano. Quando questionada sobre qual a razão para isso, ela confirmou minhas suspeitas: "Os shortinhos são de helanca, e as meninas ficam dobrando. A gente chama a atenção, elas desdobram, mas não adianta, depois fazem de novo. Esse ano uma menina já foi suspensa
[pasmem!] duas vezes, porque a gente chamava a atenção, mas não adiantava. Tentamos explicar que era feio para ela, que os meninos comentavam
[não me diga!], mas mesmo assim não dava. Então, vamos adotar esses maiores, até o joelho, que são padronizados, não dá pra dobrar nem nada." E eu (tentando ao máximo disfarçar o cinismo): "Ah, sim, lógico, concordo plenamente com a senhora, é uma vergonha!"
Contudo, ao contrário do que devem pensar, usar ou não os shortinhos não altera em nada a cabeça dessas meninas (a circulação sanguínea, talvez, mas a cabeça, não). Continuarão sendo as mesmas pessoas. Com shortinho, ou sem shortinho, permanecem tão vadias quanto (seja muito ou pouco). A queda dos shortinhos (a metafórica, infelizmente) só acarreta numa série de problemas sociais.
Não sou eu que estou dizendo, Freud já dizia e até as Velhas Virgens dizem (eles são referências no campo da psicologia sexual): no fim das contas, tudo o que fazemos se resume, em sua finalidade, àquilo (sim, isso mesmo que você está pensando). O shortinho nada mais é do que uma manifestação da vontade e dos instintos inerentes a qualquer animal. Acabar com eles é negar nossos antepassados e anos de evolução. Daqui a pouco vão obrigar as alunas a usar a burka também (e liberar a poligamia que nem nas arábias, que é bom, nada!). Nem devemos considerar isso um atraso, mas - pior - um regresso. É jogar fora anos e anos de desenvolvimento de técnicas para atochar mais o dito cujo (sim, segundo relatos de usuárias, existem várias técnicas para isso, como, por exemplo, aquela de colocar o pé em cima da pia - meninas, não finjam que não conhecem!).
Já está comprovado que as adolescentes de 12 a 17 anos, com o advento do Plano Real, têm comido cada vez mais frango. Paralelamente a isso, a queda do dólar e o desenvolvimento biotecnológico no país possibilitam aos donos de granjas um uso mais intenso de hormônios na criação de galináceos, a fim de bombá-los e assim produzir mais carne. Somando esses 2 fatores, temos uma crescente ingestão indireta de hormônios pelas garotinhas, aliados ainda ao mercado de academias cada vez mais forte no estado. Com isso, percebemos o desenvolvimento físico das meninas aparecendo cada vez mais cedo (e o mental, ironicamente, cada vez mais tarde). Os garotos, por algum motivo, não são tão afetados pelos mesmos hormônios, e o maior estímulo que eles têm para a produção de testosterona acaba sendo o visual, mesmo. Nesse quesito - pasmem - os sites eróticos e as revistas mal escondidas debaixo da cama ficam, respectivamente, em segundo e terceiro lugar, pois o maior estímulo (ou "felicidade") desses pobres rapazes se dá durante toda a manhã, ao lado de suas coleguinhas. Com o fim dos shortinhos, porém, estima-se que a produção hormonal dos rapazes caia em até 23%, atrasando assim o seu desenvolvimento físico e, consequentemente causando um grande desequilíbrio nas relações entre os jovens de sexos diferentes, uma vez que as jovens, atrás de homens mais "desenvolvidos", deverão, logo, ir atrás de homens cada vez mais velhos (motorizados, de preferência). Além disso, o estímulo dos rapazes para ir às aulas será muito menor. Assim, o rendimento escolar masculino cairá consideravelmente, a socialização dos rapazes ficará comprometida, e esses 2 fatos ainda os incentivarão, por motivos óbvios, a jogar ainda mais video game, o que nos trará um futuro cheio de garotos mais nerds e, mesmo assim, mais burros.
Outro aspecto a se ponderar é que é hábito muito comum dos alunos da UFES freqüentar os botecos da Rua da Lama após as aulas. Mas não pense que eles estão lá apenas atrás de cerveja. "Curiosamente", o horário de maior movimento é justo o mesmo horário da saída do Darwin, e... bom, vou supor que seu QI é maior que 40 e nem vou terminar o raciocínio. Fato é que, sem shortinhos, o movimento cairá bastante, afetando também a vida social dos futuros-ex-freqüentadores. Isso ainda atrapalhará bastante os lucros dos botecos da região, enfraquecendo a economia local, com subseqüentes quedas nos salários e nos índices de emprego. Além disso, aumentará o descaso dos homens para com os cursos, devido à menor assiduidade na faculdade (especialmente nas sextas-feiras). Considerando ainda que as turmas de engenharia são compostas, em média, por 97% de homens, teremos, a longo prazo, nosso desenvolvimento tecnológico prejudicado. Ou seja: rendimento escolar afetado + rendimento acadêmico afetado = cidadãos do sexo masculino mais limitados, quem sabe até se aproximando do nível do sexo feminino.
Fica, então, óbvio que tudo isso é obra da influência do movimento feminista sobre as diretoras/coordenadoras de escolas (especula-se que se trate de uma neo-maçonaria), tentando, com uma manobra suja e maquiavélica, atingir um nível intelectual e de poder equiparáveis aos dos homens (não elevando o seu próprio nível, mas reduzindo o deles), tentando assim finalmente ter um papel mais importante no cenário político. Fazem, para tal, uso de justificativas religiosas e pseudo-moralistas, ludibriando os inocentes pais e alunos. O pior é saber que isso pode dar certo. Algo tem que ser feito. Abaixo as coordenadoras! "Acima" os shortinhos!
Pois, no dia em que "elite intelectual" do estado for dominada por mulheres (supondo que isso seja possível)... já viu, né, amigo...
Nós, do Cerebração, não nos permitimos ficar parados. Sentimos que era nossa obrigação social agir contra essa atitude. A fim de mobilizar a sociedade para iniciar uma reação, fizemos um abaixo-assinado online. É muito fácil, qualquer um consegue assinar (até aquelas meninas de shortinhos mais apertados). É só clicar
AQUI e mandar bala.
PS: Ai, ai, mas suspensa duas vezes por usar short muito curto foi foda... hehehe! E eu que achava que o regulamento contra "vadiagem" se referia só a matar aulas...
